Pois este chef, com jeito de bonachão, sempre recebe muito bem seus clientes. Na primeira vez (de muitas) que eu fui lá, ele chegou na mesa e me ofereceu um sorvete de queijo com calda de frutas vermelhas. Espetacular!
Nem precisava dizer mais nada, mas o Charlie ainda contou que ele foi um dos pioneiros a trazer a receita de New York pros lados de cá da América. Salve Charlie!Veja mais do Lo de Charlie no Destemperados.
Lo de Charlie
Calle 12, 819
Altos del Puerto – Península
Punta del Este - Uruguay
(42) 44.41.83
Mas eu precisava falar um pouco mais por aqui da Horno San Onofre. Enlouqueci quando vi esta confeitaria com sorveteria que transbordava de coisa boa.
Quando vi os mini-heladitos pirei. Queria pedir um de cada pra provar. Olha o tamanho deles. E ainda vinham num cone de chocolate. O primeiro sabor que eu pedi foi o
Agora pensa que é fácil ver os outros na volta devorando um de chocolate? Não né. Quando todo mundo se distraiu, fui ao caixa e peguei mais um pra mim.
O melhor de tudo é que num tamanho desses, nem dá pra ter culpa. No máximo, uma mini-culpa por não ter provado todos.
O aroma e o sabor de café deste sorvete me inspiraram a fazer uma releitura de uma sobremesa que degustei certa vez no
Aí entrou em ação minha Nespresso e seus cafés. Escolhi o
Derramei cuidadosamente o café em cima do sorvete e chegou a tão esperada hora de provar. Combinação interessante. O espresso se sobressaiu mais que o sorvete, o que me indica que na próxima vez tentarei com um blend mais suave.
Embora tenha provado no verão, acredito que o Affogato caiu ainda melhor nas tardes frias do inverno.
Eu e meu amigo Peretti voltamos de um jogo do Milan pela Champions quando vimos aquela galera cheia de sorvete na mão.
Entrei na fila e sofri para decidir o que provar.
Decidi provar 3 sabores. Começando por dois de creme. Crema Come Una Volta feito com os melhores e mais selecionados ovos. Hmmmm. E ainda um Crema di Grom com creme de ovos, Battifollo Biscuits e chocolate preto da Colômbia. Quequeisss?
Pra completar, o terceiro sabor era um Cioccolato Fondente, feito com chocolate Palmira da Venezuela. Entraram na minha lista top 10 da vida. Amazing!
E o Peretti não ficou só olhando não. Pediu dois sabores. Pistacchio, feito com pistaches do Bronte e da Síria. Há quem diga que é o melhor de pistache do mundo. E teve ainda o Bacio, feito com o Palmira Chocolate e avelãs de Tonda Gentile, que tem indicação de origem geográfica. Pode?
No Grom pode. Os caras se preocupam em mostrar a origem de todos seus ingredientes e tem orgulho de estampar sua filosofia na parede do lugar.
Resumindo, um espetáculo de lugar. E na Itália ainda...
Algo que me faz voltar sempre é o Chocolamour, um sorvete de creme feito lá mesmo que é delicioso, que leva uma caldinha de chocolate especial, e é coberto com essa farofinha marrenta.
Uns 11 reais é o que custa essa sobremesa. E essa é só uma das delícias da carta de sobremesas do bistrô.


Provei um delicioso Semifreddo al torroncino con salsa di pistacchio. A textura dele era interessante. Um lance meio soft demais até. E a calda de pistache em cima era crazy. Fechou todas com o clima da noite.
Esse dolci custou 6 euros. Já a vista pro Lago di Como veio de graça.
Começamos o tour pela cidade na Gelateria Lariana. Bem movimentada, tem um astral irado pois fica em frente ao lago.
Lá, provamos três sabores no copinho. Primeiro o Tiramissu, que tinha uns pedacinhos de biscoito desnecessários, mas quer era bem cremoso. Logo após um Baccio, ou seja, chocolate com pedacinhos de chocolate. Por fim, fiquei curioso com o tal do Crema Fiorentina que tinha por todo o lugar. Era um sorvete de baunilha só que com um gosto bem mais cítrico.
“Prossima fermata”? Gelateria Cavour, situada numa das principais praças da cidade.
Ali provei um dos melhores do dia. Pannacotta. Simplesmente incrível e cremoso como nenhum outro. Também experimentei o de Stracciatella, o flocos deles.
Mais um? Ahan. Bora pra Gelateria Vanilla, que fica no centro histórico de Como.
O de Cioccolato Fondiente era forte e marcante. E o de Amarena era espetacular. Consiste tipo num creme com black cherry. Demais!
Terminou? Tssss. Nada. Num jantar cascorado que tivemos no Il Tigli al Lago, provamos mais 3 maravilhas. A primeira sobremesa foi do Peretti. Sorvete de canela com calda de baunilha, figos, lamponi (um tipo de cereja) e rama de chocolate.
Eu resolvi experimentar um lance mais leve e provei os sorbets. Eram 3 sabores: laranja, limão e pomelo. Eu não sou o maior fã do mundo de sorbets, mas tava bom.
Quando eu pensei que já tinha terminado, me deparei com mais uma delícia da carta. Gelato com infusão de chá vermelho. Cada colherada era um suspiro e uma pergunta. Como assim? Existe isso mesmo?
O dia começou e acabou refrescante. E o melhor é que no outro dia, outros gelatos nos esperavam.
Pra completar, numa das pontas da galeria, fica Il Gabbiano, umas das sorveterias mais tradicionais da cidade. O ambiente é bem movimentado. Turistas e locais se apertam para pegar um gelato no balcão.
Eu provei três sabores. Um baccio, que é de chocolate mais levinho. Outro era de canela com um sabor e aroma ótimos. E o último era de frutas vermelhas. Este último, preciso confessar que não curti. Era forte demais e apagava os outros.
Uma dica pra quem está com tempo é sentar nas mesas da rua e curtir o entra e sai da galeria. Na próxima vez, além de fazer isso, provarei os famosos milkshakes do Il Gabbiano.
Peretti e eu caminhávamos naquela rua, meio embasbacados com a sofisticação natural do povo italiano, quando avistamos a Cova. Entramos e logo vi um cartaz que dizia “no photos”. Sorry, mas tive que usar minha ultra discrição para pegar uns takes daquele momento.
A casa é especializada em chocolate e a prateleira da confeitaria era de matar. Mas eu precisava comer os “homemade gelatos” dali. Uma coisa que aprendi é que não se precisa inventar muito quando a matéria prima é um espetáculo. Provei um gelato de creme com calda de chocolate Cova, biscoitos, chantilly e amêndoas. Absurdamente fantástico!
Vale olhar por outro ângulo essa maravilha.
O blog é de sorvetes e afins, mas não podia deixar de registrar a pedida do ruivo Peretti: Tiramissu. Daqueles que só na Itália se vê. Vou deixar pra ele comentar como foi.
O preço de tudo? Não lembro. Sei que era longe de ser barato, mas valia cada centavo.
A única sobremesa que tinha na casa era um sorvete Fior di Latte. Segundo meu amigo Peretti, esse é o mais comum e simples sorvete servido na região. Experimentei né. Leve como poucos, me pareceu ótimo para combinar com coberturas mais pesadas. 